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Portas Abertas para Clusters de Impacto

Claudio Cardoso | Alfa Collab | junho 2021
Empreendimentos genuinamente comprometidos com os seus impactos sociais e ambientais têm, crescentemente, acesso a capital mais barato e em maior volume

Historicamente, estratégias de investimentos adotados no presente desenham boa parte, senão praticamente todo o futuro. A direção para onde o dinheiro aponta reforça padrões do que será o porvir.

Apesar da imensa variedade de destinos para os recursos financeiros e da complexidade na forma de aplicação, é importante notar que nas últimas duas décadas vem se consolidando a preocupação dos investidores com os impactos socioambientais. Mais do que uma mera preocupação, praticamente todos os fundos de maior relevância adotaram o compromisso com a ESG enquanto critério de elegibilidade para a destinação de seus recursos.

Acrescenta-se a esta linha de pensamento o ingrediente da colaboração. Iniciativas que valorizam o trabalho em conjunto e lideram a formação de pequenos clusters de empreendimentos reunidos em torno de um problema, não apenas obtêm vantagens competitivas pela aceleração do go-to-market, como também passam a ser percebidas como mais sustentáveis.

Uma nova era de oportunidades emerge, especialmente para os novos empreendimentos que já assimilaram práticas de impacto socioambiental, e que acreditam na colaboração como o caminho mais seguro para a construção de negócios promissores e resilientes. Afinal, onde todos ganham, cria-se a insuperável força de grupo.

Segundo a Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto (2019), “negócios de impacto são empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar um problema socioambiental por meio de sua atividade principal [, e] atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros, e se comprometem a medir o impacto que geram”.

É chegada a hora para todos aqueles envolvidos na missão de orientar e fomentar novos empreendimentos de, não simplesmente exigir – postura que intimida os novos empreendedores, já sobrecarregados pelo desafio de colocar de pé um novo negócio – mas, principalmente, apoiar o desenvolvimento de uma nova mentalidade empresarial orientada não somente pela busca do retorno financeiro, mas pela geração de impactos positivos para o ambiente e a sociedade.

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